quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Ao sabor da maré

Como todo fim de ano pede um momento de reflexão...

Às vezes me vejo dividida entre correr atrás de uma carreira empolgante, ou adotar um ritmo mais leve priorizando uma qualidade de vida.
Estou sempre angustiada por não conseguir fazer tudo que quero e pensando em tudo que deveria estar fazendo ou estudando para me tornar uma boa jornalista.

É difícil lidar com essa frustração e outro dia uma pessoa que amo muito me disse que eu quero fazer coisas diferentes ao mesmo tempo e me sentir realizada de diferentes formas agora, já.
Talvez eu apenas queira demais as coisas, ou talvez seja muito imediatista para planejar para que tudo aconteça ao longo da minha vida. E então essa pessoa me perguntou: e o que vai fazer pelo resto da sua vida depois que fizer tudo isso de forma tão atropelada? Depois que tudo que você quer agora já estiver feito e vivido?

Essa conversa gerou algumas noites de reflexão... quem eu quero ser daqui a 5, 10 ou 50 anos?
Isso me ajudou a definir prioridades, embora eu saiba que eu posso correr atrás de qualquer coisa que imaginar que posso ser, prefiro me focar na busca da pessoa pretendo ser no futuro (ou fugir daquilo que definitivamente não quero me tornar).

Agora passei a adotar outra estratégia, encaro o dia-a-dia como o mar, não adianta nadar contra a correnteza, mas saber nadar com ela; é preciso calma para nadar, desespero só tira o seu fôlego; e já que o mergulho é inevitável, saiba aproveitar o momento da melhor forma possível!

O mais irônico é que sempre sonho que me afogo no mar e morro de medo de mergulhar em águas mais fundas justamente por isso, talvez agora eu esteja enfrentando os meus "demônios".

E se for para errar e fazer escolhas que não são as mais apropriadas, que seja pelo menos agindo, e não esperando que a vida traga alguma coisa. E quanto mais pessoas disserem que eu não estou fazendo a coisa certa, mais eu irei cantar:
I've got a right to be wrong
My mistakes will make me strong
I'm stepping out into the great unknown
I'm feeling wings though I've never flown
I've got a mind of my own
I'm flesh and blood to the bone
I'm not made of stone
Got a right to be wrong
So just leave me alone

I've got a right to be wrong
I've been held down too long
I've got to break free
So I can finally breathe
I've got a right to be wrong
Got to sing my own song
I might be singing out of key
But it sure feels good to me
Got a right to be wrong
So just leave me alone

You're entitled to your opinion
But it's really my decision
I can't turn back I'm on a mission
If you care don't you dare blur my vision
Let me be all that I can be
Don't smother me with negativity
Whatever's out there waiting for me
I'm going to faced it willingly

I've got a right to be wrong
My mistakes will make me strong
I'm stepping out into the great unknown
I'm feeling wings though I've never flown
I've got a mind of my own
Flesh and blood to the bone
See, I'm not made of stone
I've got a right to be wrong
So just leave me alone

I've got a right to be wrong
I've been held down to long
I've got to break free
So I can finally breathe
I've got a right to be wrong
Got to sing my own song
I might be singing out of key
But it sure feels good to me
I've got a right to be wrong
So just leave me alone

Joss Stone - Right to be Wrong
Mind, Body & Soul - 2004



terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Medicina pra quê???

Ônibus lotado, sem espaço para nem mais uma molécula, uma senhora resolve entrar para pedir ajuda a seu "bebê" Cauã de 4 anos que nasceu sem um rim. Remédio o posto de saúde dá, mas pro leite ela não tem dinheiro.... e blábláblá. A ladainha se repete.
Os passageiros reagem de diferentes formas: alguns simplesmente ignoram, outros se irritam, poucos dão algum dinheiro. Hoje pude presenciar uma reação, digamos... um pouco exaltada.
Uma mulher começou a dizer que não existe maldição sem motivo e que não adiantava nada pedir esmola. Segundo ela a criança já estava salva, era só sua mãe abraçar Jesus que tudo se resolveria.
Cética, a mulher disse que nenhum padre ou pastor a havia ajudado. Mas ninguém tem o poder de ajudar, continuou a outra, só Jesus salva (não sei porquê me lembrei de algumas piadas nesse momento).
A pedinte continuava cética, então ela começou a dar exemplos de todas as doenças que podiam ser curadas: lepra, aids, câncer e que até mesmo ressucitação era possível.

Gente... Fechem todas as faculdades de medicina e mandem os médicos procurarem alguma coisa mais útil para fazer. Um cara sozinho dá conta do serviço que nem todos os médicos juntos conseguem resolver!

Sem querer ofender a fé de ninguém... mas isso é muito difícil de engolir!!!