quinta-feira, 23 de julho de 2009

Enquanto ela propunha casamento, ele propôs felicidade

A princípio achei que "A Proposta" cairia em velhos clichês da comédia romântica. Mas não é o que acontece. A química entre os atores é ótima e isso fica visível nas excelentes cenas de humor, algumas bem inusitadas. Me surpreendi com o corpão de 45 da Sandra Bullock e mudei minha opinião sobre Ryan Reynolds. Pra mim ele era o gordinho que vira um babaca depois que emagrece em "Apenas Amigos", mas as caras de perdido que ele faz no filme são impagáveis. Mas para dar o devido crédito, ele pega a Scarlett Johansson...
Apesar de ter dado boas risadas, não consegui me sentir leve ao final do filme, como costuma acontecer quando assisto comédias. Acho que foi porque fiquei pensando na vida de Margaret, personagem de Bullock. Ela é uma editora independente e bem sucedida, mas que bloqueou sua vida pessoal ao tentar provar que é capaz de ser uma verdadeira super-mulher. Por ter chegado muito perto de uma situação assim, eu percebi como é fácil que uma mulher faça isso a si própria.
É meio clichê, mas foi necessário que ele provocasse uma mudança grande até que ela se desse conta do que estava fazendo com a própria vida. É a mesma história de sempre: uma donzela sendo salva pelo homem montado no cavalo branco.
Embora meu lado feminista grite em protesto, chego à conclusão de que talvez a gente ainda precise de príncipes em nossas vidas, nem que seja só para nos dar alguns chacoalhões e lnos embrar de não botar a nossa felicidade de lado ao tentar ser uma super-mulher.

4 comentários:

Bruna Zibellini disse...

Também vejo o Ryan Reynolds dessa forma.
Eu não vi o filme, mas essa sua explicação por si só me faz pensar em como realmente nós, muitas vezes, queremos ser super-mulheres para nos livrar do sofrimento e da dependência das pessoas.
É... complicado.
Beijoca!

Maíra disse...

Devido ao meu contexto histórico de hoje, acreditar num príncipe encantado não tem sido do meu feitio.

O que eu acho é que nos falta equilíbrio. Como no mercado ainda há muita dominação masculina, temos que ser super-alguma coisa para conseguirmos algum status. Mas nessa obsessão pelo poder e pela independência acabamos levando tudo ao extremo. Assim como um homem altamente obcecado pelo dinheiro faz a mesma coisa.

Acho que não precisamos de um príncipe, mas de um companheiro que nos dê carinho. E, querendo ou não, hoje é muito mais fácil encontrar um príncipe montano num unicórnio branco que um verdadeiro companheiro de batalha...=)

Aline disse...

Apesar de tudo que ando lendo ultimamente me forçar a dizer 'não' a qualquer coisa que possa fazer a mulher parecer dominada, eu ainda continuo acreditando em príncipes encantados. E quero que o meu venha em um cavalo bem branquinho, em uma cena cheia de clichês românticos. Minha mente é totalmente fairytale e me orgulho disso!

Thais Folego disse...

Olha, sendo um príncipe inteligente, divertido, rico e bom de cama pode vir montado até num touro! rsrsrsrs